segunda-feira, 30 de abril de 2007

“Ana e Maria” e agora também os “Josés”

Um dos projetos da Ong Viva Rio, o “Ana e Maria”, tem ajudado meninas grávidas e com filhos até dois anos de idade nas comunidades cariocas. Atendendo cerca de 200 adolescentes que engravidaram fora de hora, o projeto alerta aos meninos e meninas que quando se trata de prevenção a responsabilidade é de ambos. O “Ana e Maria” funciona todos os dias em associações de moradores, postos de saúde e numa sala cedida por um Ciep. Atualmente o projeto atua nas comunidades Chapéu Mangueira, Colônia Juliano Moreira, Pavão-Pavãozinho, Rocinha, Nova Holanda, Baixa do Sapateiro e Cavalão.
As palavras escolhidas para nomear o projeto foram inspiradas na bíblia: As “Marias”, foi um “apelido” dado pelo projeto as jovens grávidas ou que são mães de crianças pequenas. Já as “Anas” são as técnicas em enfermagem registradas no Conselho Regional de Enfermagem (Coren) que passam constantemente por capacitações para melhor atender as adolescentes. Esse nome foi dado porque a mãe de Maria se chamava Ana. E os “Josés”, recém chegados ao projeto, são os pais dos filhos das “Marias”, como conta a história bíblica.
O Ana e Maria têm estimulado a inclusão dos jovens pais e da família durante a gravidez. O projeto investe também nos rapazes através da Oficina dos “Josés”, onde eles participam de reuniões sobre sexualidade, planejamento familiar, responsabilidade paterna e prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). “As meninas não fazem filhos sozinhas. Nossa idéia é fazer prevenção nos dois gêneros. Com isso temos conseguido um bom resultado”, explica o técnico de enfermagem Leonardo Vasconcelos de 19 anos, responsável pela oficina com os jovens pais. A oficina está produzindo um bom efeito nos rapazes: “Depois do curso comecei a me prevenir melhor. Agora sempre que vou ter relação sexual não dispenso a camisinha”, compartilha Daniel Soares, morador do Complexo da Maré.
As “Marias” participam de cursos e palestras sobre planejamento familiar, sexualidade e cidadania, e encontros em grupo ou individuais com psicólogas e técnicas de enfermagem capacitadas pela Ong.

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